sábado, 19 de janeiro de 2013


Resenha: Amante Liberto


‘’ No tabuleiro de xadrez de sua miserável vida, as peças estavam alinhadas, a partida havia sido reorganizada. Cara, quantas vezes na vida não conseguimos definir nosso caminho por que ele é decidido sem que possamos escolher? O livre arbítrio realmente era história para boi dormir. ’’ (Vishous).

Em ‘’Amante Liberto’’ acabo por definir já de antemão que esse será meu livro preferido durante toda a saga ‘’Irmandade da Adaga Negra’’. Toda a vez que eu leio um livro da Irmandade (IAN), apesar de ser fã, fico meio chocada/incomodada com o apaixona mento relâmpago que eu sinto pelos caras. É uma coisa estilo: olhou, (leu)... Gamou! Como entender isso?

‘’Amante Liberto’’ foi o livro da saga mais envolvente. Ele literalmente vai seduzindo o leitor. Esse é um talento que a Autora J.R. Ward realmente tem, ninguém que eu tenha lido ainda no mundo tem esse talento para criar personagens diferentes e bons que conseguem mexer emocionalmente com você. Eu esperava um livro mais pesado fisicamente e encontrei um oceano de palavras que juntas constituíram os momentos mais emocionantes e bonitos da série.
O foco principal do livro é Vishous ou V., nosso irmão/guerreiro que já tinha a minha simpatia e ganhou meu afeto. Achava difícil depois de ‘’amante Desperto’’ um personagem ter sofrido mais que Z., mas para minha surpresa o passado de V. foi tão sofrido e torturante quanto. Sempre tinha visto ele como o inteligente, o gentil, sempre ali para ajudar todos e o amigo; a amizade de vida e morte entre Bucht e Vishous, os sentimentos estranhos! Será que Vishous é gay? Mas um guerreiro Homossexual? Será que a ligação entre o tira e V. não é um carinho, amor fraternal? Todas essas perguntas são respondidas nesse volume.

Em ‘’’Amante Renascido’’ descobrimos que Vishous é Dominador sexual (cuidado Sr. Grey! Não vai perder o seu posto!). Ele protagoniza uma das cenas mais Hots da saga, não são muitas pois o foco principal da série não é o sexo e apesar da coisa dominador sado masoquista Vishous se mostra muito coração e sentimentos. ( Pag. 284 para quem quiser espiar).

E tudo graças a Doutora Jane Whitcomb, eu adorei ela e a sua história, achei super tocante todas as partes que tanto ela quanto V. voltam aos seus passados e se abrem para o leitor. O livro tem um que de romance histórico, toda aquela trajetória de volta ao passado, contando emoções/sentimentos/medos; aquilo que faz o leitor odiar o vilão e torcer pelo mocinho e que faz você finalmente entender tudo que levou aquela pessoa a ser o que ela é hoje. Passado, presente e futuro se cruzam o tempo todo nesse romance e é pura emoção e surpresas.
‘’- Preciso ir – quando Hannah olhou para trás, ela parecia crescida, de alguma maneira. Nem um pouco parecida com a menininha de dez anos que era – Vou tentar e voltarei. Darei o melhor de mim.
Mas sua irmãzinha cumpriu a promessa. De fato, ela retornou. ’’ Pg. 19 e 20.
Para nossa surpresa V. descobre quem é sua mãe. E a gente fica chocada! Personagens que até então não eram bem vistos caem no gosto popular. Personagens novos são citados e aparecem novos dramas.

Phury ganha mais destaque, já como uma introdução para o próximo livro ‘’Amante Consagrado’’; Continua com problemas, deseja a mulher do irmão Z. e agora tem que lidar com o celibato para procriação da espécie.

0corre a transformação de John e ele e Zsdist estão construindo uma linda amizade. Diversas vezes no livro eu parei e pensei: quando foi que Z. Ficou tão fofu? Tão paternal? Estou adorando a relação dos dois e para mim umas das cenas mais emocionante do romance foi uma conversa entre eles.

‘’- John – Z. Disse- Você me escutou? Não foi sua culpa. Você não merecia (...) – Ninguém merece ser estuprado. Mas e se acontecer? A pessoa pode escolher como lidar com isso. Por que não é da conta de ninguém. Se nunca quiser dizer nada sobre esse assunto, não vai ouvir de mim. ’’ Pg. 351.

‘’O irmão passou a mão em sua cabeça raspada.
- Mas olha só. Acredito que exista uma mão que nos guia nem sempre é uma mão delicada. Ou que pareça justa, mas não sei. Eu procuro confiar nela agora. Quando enlouqueço, eu tento... Droga, acho que confio nela. Porque no fim das contas, o que mais se pode fazer? Escolhas têm limites. Raciocínio e planejamento também. O resto... Depende de outra pessoa. Onde terminamos quem conhecemos o que acontece com as pessoas que amamos. Não temos muito controle sobre essas coisas.’’ Pg. 508.

‘’Amante Liberto’’ apesar de suas 525 páginas é um livro para saborear e você perder a noção do tempo e espaço enquanto esta com ele. É um livro cinco estelas e é quase um pecado não lê-lo.